Manual de Sobrevivência do CP

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O Juízo Final


Porque é que avaliamos a importância e o valor de uma discussão antes mesmo de começarmos a falar? Por exemplo, se você tem um posicionamento político e se depara com alguém com um posicionamento opositivo ao seu, rola uma “análise” de QUEM vai falar, se a pessoa vê seu oponente na discussão e enxerga nele, através de um conceito pré-definido, uma pessoa que não vá aderir o que você vai falar ou que vai ter pontos argumentativos que você considere de uma pessoa ignorante, talvez até opressora e quer evitar-se de entrar numa situação de conflito mais profundo, ou até mesmo está disposto ao conflito, você ou fecha seu coração pra entender o ponto de vista do outro ou aciona seus ouvidos seletivos, o que faz com que você só potencialize seus conceitos sobre quem fala independente do que a pessoa fala. Isso acontece dentro da igreja também, preferencias entre as lideranças, não concorda com os processos ou com as doutrinas, etc.
Nós não podemos ser ingênuos de abrir nossa boca para os quatro cantos com posicionamentos fortes e esperar que não exista represália, ou perda de credibilidade. Porque o povo hoje em dia tem se mostrado ser sensível a divergência de opinião, quem é simpatizante se une e quase sempre é negativa essa união, porque dependendo de como você vai defender sua causa, a tendência é a intolerância contra divergência e isso pode gerar violência...por isso que eu digo, ou gosto de pensar que, Deus permitiu ao homem que desse poder ao coletivo e inteligência para criar a democracia, e o inimigo com inveja do sucesso que existiu em permitir ao povo dizer o que quer, começou a tramar a corrupção da alma do homem pelo poder que há  em dividir (disseminar) suas ideias de forma eloquente para unir o povo em prol do seu objetivo próprio. Nesse ponto o indivíduo é calado e o povo se manifesta, mas esse “povo” está sendo manobrado e não sabe.
Temos que ter nossos pensamentos protegidos pelo respeito a individualidade, precisamos voltar aos velhos costumes de respeito ao próximo e fugir se possível extirpar o individualismo (que ao contrário da individualidade está ligado ao egoísmo e não a personalidade de cada um) e começar a ouvir mais e falar menos, ter nossos posicionamentos em constante mudança, tanto radical (pensar totalmente diferente) quanto constante (fortalecer o que já acredita) e assim, talvez, eu disse TALVEZ, possamos caminhar pra uma sociedade de fato livre!

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